quinta-feira, 20 de maio de 2021

O preço de sentir... (inacabado mas eu precisa postar ou ficaria esquecido, eternamente como rascunho)

 Hoje eu me lembrei o quanto o grupo de mútua ajuda do Narcótico Anônimos foi importante pra mim. Depois de quatro anos de reeducação alimentar, agora já não é mais tão fácil emagrecer e uma vez parando de emagrecer é muito mais fácil voltar a engordar (e eu era infeliz gorda) e foi exatamente o que aconteceu. Diante de tudo o que tem acontecido com nosso planeta e mudado a nossa rotina consideravelmente minha compulsão voltou; não só a compulsão por comida mas também por compras e internet. A rotina sempre foi um lugar seguro pra mim e mesmo quando o tédio me vencia era só quebrá-la e ficava tudo bem mas como quebrar uma rotina que muda toda semana. No início da pandemia há pouco mais de um anos foi bom ficar em casa e ter um tempo para fazer aquelas coisas que sempre adiávamos, como os cursos da progressão e eu até comecei uma faculdade a distância, mas agora tanto "tempo livre" já não parece mais tão divertido.

Em 2015 eu decidi por conta própria parar de tomar antidepressivos pois viver anestesiada não estava adiantando uma vez que não me impedia de ter minhas crises e no restante do tempo era uma total apatia. Me convenci de que me esforçar para aprender a conviver com meus demônios ao invés de fugir deles poderia não ser mais fácil mas com certeza mais efetivo. Foi um processo lento e ainda não acabou. às vezes me pergunto se um dia vai acabar? Hoje me pego mais ou menos nesse mesmo lugar em que eu estava quando decidi tomar de volta o controle da minha vida e tirando um pouco mais de experiência que me fazem saber que "vai passar" pouca coisa mudou.

 

Foto: teia de aranha na grama coberta de geada.

Fiquem com Deus e até mais...

Minimalismo, destralhe e cura interior...

 Olá borboletinhas,

aqueles que já estão por aqui há algum tempo sabem que eu estudo o minimalismo como estilo de vida (e tempo incorporá-lo à minha vida, na medida que possível) não é de hoje; e também não é segredo que sou cristã - e procuro viver de acordo, embora falhe miseravelmente algumas vezes, afinal sou humana. Mas afinal onde quero chegar e o como estas duas coisas estão relacionadas? Embora para mim a relação entre elas seja bem óbvia, ontem foi a primeira vez que eu pedi ajuda a Deus para lidar com isso. Diferentemente de algumas pessoas que parecem ter nascido minimalistas para mim não é algo natural. Nunca fui uma pessoa materialista, do tipo que julga alguém pelo que ela tem e essas coisas mas ao longo da vida adquiri tendências acumuladoras e piorou muito de uns anos pra cá. De tempos em tempos eu tenho uma melhora sutil mas não leva muito tempo para eu voltar a acumular; como um viciado eu sempre acho que dessa vez estou bem e que posso manter o controle mas então, de repente, as coisas começam a me sufocar e lá vou eu fazer um novo destralhe. Claro que uma manutenção periódica é necessária mesmo para pessoas que não sofrem de acumulação compulsiva mas depois de tanto tempo estudando sobre o estilo de vida minimalista e procurando incorporá-lo de alguma forma à minha vida era de se esperar que eu já não precisasse fazer "limpas" tão grandes. Onde está o erro?

    Sei que o transtorno de acumulação compulsiva esconde outras coisas, algum trauma, mas eu ainda não consegui acessar... ainda. E foi assim que ontem eu pedi ajuda a Deus! Eu mal havia começado o destralhe e já estava sofrendo por aquelas coisas das quais eu abriria mão e isso não faz sentido em se tratando de alguém que se considera cristão. Mencionei anteriormente que não sou materialista então porque tanto sofrimento para deixar COISAS irem embora? No último final de semana eu assisti alguns episódio de "Acumuladores" pelo you tube e num dos casos uma senhorinha estava sendo auxiliada pela equipe do programa e por suas filhas e uma delas não levava os filhos para verem a vó por causa das condições insalubres da casa e a cada coisa que a senhora não queria dar embora ela dizia "você está escolhendo isso ao invés dos seus neto"; isso mexeu muito comigo e me fez pensar que, ainda que indiretamente, escolhemos as coisas em vez das pessoas. É algo complexo demais para eu explicar aqui como cheguei nesse pensamento mas tudo que você precisa saber é que comecei a refletir e me dei conta de que eu não tenho mais tempo para exercer todos os meus hobbies e, ainda que eu queira muito, é inútil guardar todo o material que eu possa, talvez, um dia utilizar então comecei a separar tudo aquilo que não cabia mais na minha vida AGORA. Saiu muita coisa e sei que tem ainda mais para sair mas já era tarde e quando eu começo a fazer estas coisas não sei a hora de parar então quando o alarme da hora do meu remédio tocou, percebi que era hora de me preparar para dormir, afinal acordaria cedo no dia seguinte pois esta semana retornamos ao horário normal de trabalho (mesmo as coisas não estando melhores do que há um ano atrás quando iniciou a pandemia do corona vírus e decidiram fechar tudo).

    Embora eu estivesse sim orgulhosa de mais uma vez tomar a decisão de liberar espaço não só no meu atelier, que é o centro do acúmulo hoje em minha casa, mas da minha vida é que visivelmente fez pouquíssima diferença e isso me deixou muito frustrada. Eu só espero, realmente que os aprendizados recentes me tornem consciente para daqui para frente só deixar entrar na minha casa e na minha vida aquilo que for realmente fazer diferença.

 

    Era para esta pilha estar maior mas algumas coisas foram direto pro lixo e outras já separei para pessoas específicas, além de 11 livros livros que me convenci que nunca vou ler.

Fiquem com Deus e até mais...