quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Há tempo para todo propósito debaixo do céu...

 Olá borboletinhas,


    Hoje me lembrei desta passagem: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu." Eclesiastes 3:1.

          Desde que me entendo por gente eu sonho em um dia ser mãe e desde que me casei esse sonho passou a ser compartilhado com meu esposo e aos poucos estamos montando o que chamamos carinhosamente de "o quarto do herdeiro", herdeiro em questão que ainda não está a caminho, nem estamos providenciando que esteja... ainda, mas que é uma possibilidade desde que me casei e cada dia mais perto de se tornar realidade. 

            Então, desde que iniciei a faculdade EAD em agosto eu venho estudando no meu atelier que por ser a peça bem do meio da casa e não ter janelas pra rua é escura e eu preciso acender a luz mesmo de dia; de um mês para cá, mais ou menos percebi que entra uma luz gostosa logo cedo pela janela do quarto do herdeiro e decidi colocar uma escrivaninha lá. Escrivaninha esta que precisei comprar, chegou ontem e meu marido e eu ficamos até meia-noite montando e me fez passar muita raiva mas depois de pronta ficou perfeita, exatamente como eu imaginei: pequena, com linhas simples e apenas uma gaveta em toda a sua extensão, sem muito espaço para acumular tralha em cima como acontece na mesa de trabalho do atelier, só para estudar e escrever.

            Como eu sempre quis ter filhos, pois adoro crianças e tudo que envolve o universo infantil eu venho, ao longo destes anos, acumulando algumas coisinhas para quando o herdeiro chegar. É o caso de uns adesivos de lápis de cor que eu sonhava em colar no cantinho que meu pequeno fosse usar para desenhar. Com a escrivaninha nova montada eu me lembrei desses adesivos e achei que eles ficariam perfeitos decorando a frente da gaveta que eu deixei propositalmente sem puxador.

            E o que esta história tem a ver com o versículo de eclesiastes, Kika? Bem, eu tinha esses adesivos há anos, e por alguma razão nunca os colei em lugar algum acreditando que tanto o momento como o lugar perfeito para colá-los chegaria. E ele chegou! Pode parecer bobagem, um simples adesivo inspirar toda essa reflexão mas é verdade que através das coisas simples Deus tem confortado meu coração e me ensinado a ter paciência pois a seu tempo, creio eu, todos os meus sonhos irão se realizar. O quarto do herdeiro está quase pronto; não será um prenúncio, talvez, de ele também esteja prestes a chegar?!



Fiquem com Deus e até mais...




sexta-feira, 2 de outubro de 2020

SÓ POR HOJE... Sobre como frequentar o Narcóticos Anônimos me ajudou com minha compulsão e ansiedade

 Olá borboletinhas!

Eu demorei tanto a aparecer por aqui que as coisas estão diferentes...

Primeiramente, eu nunca usei drogas - pelo menos não entorpecentes - eu ía lá em apoio a um amigo mas quem mais se beneficiou com isto fui eu mesma. Eu frequentei o N.A. por aproximadamente um ano e toda aquela dinâmica contribuiu muito no início do meu tratamento contra a compulsão alimentar pois os relatos dos adictos (dependentes químicos do uso de drogas, em recuperação ou não) não me parecia tão diferente assim do que eu vivia em relação à comida; foi aí que o termo fissura passou a fazer parte do meu vocabulário para se referir àqueles momentos em que parecia impossível resistir a querer comer qualquer coisa. Vencer um momento de fissura é muito gratificante, faz você se sentir mais forte e motivado a continuar em contrapartida ceder pode colocar tudo a perder, pois uma recaída leva à outra e à outra e assim sucessivamente.  A identificação foi apenas um primeiro ponto e por que eu digo que me ajudou com a ansiedade? Porque você não é obrigado a falar, embora se quiser quem mais ganha com isso é você, mas precisa ouvir e vai parecer meio cruel o que vou dizer mas é verdade: ouvir os problemas dos outros torna os seus problemas menores; além disso, esperar sua vez de falar, se for o caso de você querer se abrir e você pode fazer isso, é um grande exercício de auto controle. No N.A. você não conhece só adictos (esse é o termo que eles mais usam, raramente você ouvirá falar em vício) mas também familiares que convivem  com a adicção: pais, mães, companheiros que são codependentes e sofrem tanto quando os primeiros e esses são os relatos que mais contribuem para o momento. Embora a pessoa que preside a reunião tente controlar o tempo de fala de cada pessoa para que não se estenda demasiadamente, a duração da reunião vai depender de quantos participantes tiverem e às vezes alguém precisa realmente falar mais. A reunião ocorre em dois momentos: Dispostos em círculo, após a oração da serenidade (pois o movimento tem origem na igreja católica mas todos são livres para manifestar ou não sua fé ou falta dela) cada participante, em sentido horário, tem sua vez de falar iniciando com a apresentação do nome, se for a primeira vez que está ali ou há membros novos na reunião seguindo com o relato de porque está ali e se quiser dizer como foi sua semana, as dificuldades que enfrentou, as lutas que venceu, lições que aprendeu pode ficar à vontade para fazer isso mas é opcional e encerra a fala com OBRIGADO (em gratidão a atenção que todos tiveram em ouvir). Após um breve intervalo ocorre um segundo momento que chamamos de ajuda mútua e novamente, cada participante, na sua vez, pode falar, diretamente para algum outro participante ou para o grupo mais algumas palavras que podem ser um conselho, uma palavra de incentivo ou simplesmente agradecer pela reunião. Encerra-se todos de pé, dando as mãos e recitando novamente a oração da serenidade e o lema "Só por hoje, força!" e nos despedimos com palmas, pois todos venceram mais um dia!

Este foi o único grupo de ajuda mútua em que eu participei mas acredito que toda situação se beneficiaria de um. No início vai parecer estranho, você pode chegar tímido e nem querer falar mas com o tempo você vai perceber que não só tem muito a aprender com todos que estão ali como também tem muito a contribuir e transformar a sua dor em alívio para a dor de alguém é algo sempre bom de se considerar. Outro dia eu estava vendo um vídeo da Taís Godinho do blog e canal do youtube "Vida organizada" em que ela falava justamente isso, como vítima da ansiedade  ela chegou num ponto em que pensou "Se eu não puder me curar, então que eu cure os outros".

Acho que eu me perdi um pouco aqui e já nem sei mais o que eu pretendia com este artigo mas espero sinceramente que seja útil para alguém. E eu faço um apelo a você, eu sei que não estamos mais no setembro amarelo mas se você estiver enfrentando qualquer tipo de dificuldade, de qualquer ordem em sua vida, procure ajuda e se já estiver fazendo algo a respeito e não estiver funcionando, tente outra alternativa, e outra, e outra, só NÃO DESISTA a sua força incentivará outras pessoas a não desistirem também e para finalizar, deixo para vocês a oração da serenidade:

"Concedei-nos Senhor, a serenidade necessária, para aceitar as coisas que não posso modificar, e coragem para modicar aquelas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras. Só por hoje FORÇA!"

Fiquem com Deus e até mais...

Foto com minha gatinha Depp, o melhor antidepressivo que eu conheço.




domingo, 21 de junho de 2020

Filme da vez... Doentes de amor

Olá borboletinhas...

já tinha um tempo que não aparecia por aqui mas uma experiência recente me fez sentir saudade de escrever.

Ultimamente meu marido e eu levávamos mais tempo para escolher o filme que íriamo assistir do que vendo o filme propriamente dito; então decidimos escrever os nomes de todos os filmes que pretendemos ver, colocar num potinho e sortear.

Ontem foi a primeira vez que sorteamos e começamos bem pois o filme que saiu foi "Doentes de amor" do qual eu não sabia nada e ainda bem pois eu sinceramente acho que esse título vende mal o filme que a meu ver parece o título de um filme do Adan Sandler; fiquei feliz de estar enganada! O filme é muito bom! Eu inclusive não sabia que se tratava de uma "história real", só fiquei sabendo quando os créditos começaram a correr e então entendi porque havia gostado tanto. Sou da opinião que um filme baseado numa história real dificilmente é ruim pois não tem como a história de alguém ser ruim.

Resumindo o filme superou minha expectativa! É uma comédia romântica porém sem piadas idiotas e clichês, aliás nada é clichê nesse filme. Embora histórias semelhantesjá tenham sido contadas em outros filmes como "Se eu ficar" e "E se fosse verdade" mas o ponto de vista é que torna tudo diferente e o fato de o roteiro ter sido escrito por um casal contando sua própria história tornou a perspectiva muito mais sensível. O Leo, youtuber do canal yobamboo, comentou que é fácil se identificar com os personagens, e eu concordo. Enfim mais um filme que agora pertence a minha categoria "amorzinho".



Fiquem com Deus e até mais...