terça-feira, 11 de julho de 2017

Sobre "Okja" e uma nova crise de consciência

Olá minhas borboletinhas,

esta semana o youtube começou a me atormentar com anúncios sobre o filme "Okja", uma das inúmeras produções da Netflix. Eu já tinha visto esse nome "pipocar" aqui e ali mas não sabia do que se tratava até ver o trailer nos anúncios do youtube e como sou assinante da Netflix o bichinho da curiosodade me mordeu.



Meu Deus!!!

Caso você more em Marte ou não costume perder tempo na internet como eu saiba que este filme vai contar a história de uma porca gigante, sim aquele "mamute" é na verdade uma superporca, chamada Okja; ela foi criada pela indústria genética e serve de propaganda para uma nova raça de superporcos que segundo sua criadora aplacaria a fome da humanidade sem causar maiores inpactos no meio ambiente. Okja é uma das 26 espécimes mais perfeitas e foi enviada a um fazendeiro na Coréia para ser criada, por 10 anos, para parcticipar de um concurso que elegeria o bais belo superporco do mundo; durante estes dez anos ela conviveu com uma menina chamada Mikja e elas desenvolveram uma linda amizade. Quando Okja precisa retornar para seu local de origem para participar da final do concurso sua "dona", inconformada, decide ir atrás dela e descobre os horrores que envolvem a história do nascimento de Okja.

Bom, esse filme me fez pensar em várias coisas:

uma delas é um boato que ouvi certa vez envolvendo o McDonalds que dizia que sua carne era na verdade a carne de um animal mutante criado em laboratório que, segundo o boato, não possuiria ossos, apenas carne e que supostamente teria a carne muito macia.

outra e um pouco mais fundamentada que a primeira, foi o documentário "A carne é fraca" que assisti na época em que eu quis e tentei ser vegetariana e o fui por um mês até a dieta Dukan estragar tudo. Lembro que uma das coisas que mais me chocaram quando vi esse documentário foi a cena de um boi prestes a ser abatido: o animal é colocado em um corredor muito estreito de forma que ele não possa se virar e retornar quando ele ouve o boi a sua frente ser abatido por um tiro de pistola pneumática; o animal entra em desespero porque sabe que vai morrer e tenta retroceder mas é tocado à frente e não lhe resta outra alternativa. Me comovi muito na época e isso só reforçou meu desejo de não comer carne e vendo este filme ontem uma cena do final me lembrou o documentário e fez eu pensar novamente no assunto.

Terminei o filme com uma sensação muito ruim e disse ao meu marido: "acho que não vou conseguir comer carne por um tempo"; sei que Okja é uma porca e eu já não como porco mesmo, mas é que pra mim ela parece mais com um boi pelo tamanho... A principal razão para eu querer deixar de comer ou reduzir o consumo de carne é o carinho que tenho pelos animais, porque infelizmente eu gosto do sabor da carne (gaúcha, né) e a questão saúde ainda é um tanto quanto discutível, mas não posso negar que volta e meia me pego pensando nisso e na incoerência de eu ter um aquário em casa e adorar comer sushi. Às segundas-feiras eu participo de um projeto chamado "segunda sem carne" que já tem muitos adeptos ao redor do mundo, sei que não é muito mas gosto de pensar que estou fazendo minha parcela de esforço para minimizar meu impacto no meio ambiente.

Tenho consciência de que faltou coesão e até mesmo coerência neste artigo mas eu precisava escrever ou esta ideia me atormentaria o dia todo.

Fiquem com Deus e até mais...